segunda-feira, 11 de agosto de 2014

DELCÍCIDO VOLTA A SER CITADO NA REVISTA VEJA SOBRE A ARMAÇÃO NA CPI DA PETROBRAS QUE CHOCOU O BRASIL

Em carta publicada na revista o senador confirma contato com José Eduardo Barrocas, chefe da Petrobras em Brasília, com objetivo “institucional” de fazer a “interface” entre a companhia e o Congresso



“Não sou membro de nenhuma das CPIs da Petrobras, mas confirmo meu contato com José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da Petrobras em Brasília, com o objetivo institucional de fazer a interface entre a companhia e o Congresso Nacional”. Este é um trecho da carta do leitor, publicada na edição da Revista Veja, desta semana, assinado pelo senador Delcídio do Amaral. Objetivo Institucional??? Interface?????
Na carta, Delcídio confessa que foi surpreendido com a reportagem sobre a CPI da Petrobras, envolvendo seu nome com base numa gravação que a revista teve acesso, revelando uma armação para blindar os investigados na CPI da Petrobras, em especial a presidente da estatal, Graça Foster e o ex-diretor Nestor Cerveró.
A defesa do senador Delcídio, no entanto, se limitou ao simples espaço da carta do leitor na revista.  Na mesma edição a revista volta a citar o nome do senador, várias vezes na reportagem intitulada “A armação, quadro a quadro”, detalhando os quase 20 minutos de conversa gravados pela caneta espiã, gravados entre a cúpula jurídica da Petrobras, tendo como principal personagem o chefe do escritório da estatal, em Brasília, José Eduardo Barrocas, o mesmo, que Delcídio confessa ter mantido “conversa institucional”.  A principal preocupação da cúpula era com a orientação e blindagem de Nestor Cerveró, amigão do senador, um dos principais acusados na compra superfaturada da Usina de Pasadena, dos Estados Unidos.
Na reportagem da revista são destacados os 14 principais trechos da conversa. Num deles, a revista volta a lembrar o caso envolvendo o nome do senador. Delcídio envolvido em gravação na farsa da CPI .“O nome do senador petista Delcídio Amaral (MS) aparece na trama. Amigo de Cerveró, Delcídio fora escolhido como um dos canais de comunicação com o ex-diretor”, destaca a reportagem. “Como nós soubemos que a gente não podia fazer contato com ele (Cerveró), o pessoal do Senado pediu pro Delcídio fazer. Aí ao Delcídio eu falei: é o seguinte, compacta aí. Chamaram ele, deram curso para ele, media training. Calderaro reforça: Ontem a tarde toda. E jurídico da Petrobras do lado. O pessoal não queria ficar de conversa com ele. Nós pedimos ao Delcídio prá conversa com ele”, afirma Barrocas.
A reportagem da Veja enfatiza que o encontro ocorrido em Brasília não foi a preocupação de um simplesmente treinamento entre os envolvidos.  “Se tivesse sido uma operação normal, não haveria preocupação em encontrar alternativas para conseguir um acesso mais discreto a Cerveró. Se tivesse sido um jogo limpo, não haveria por que o antesser perigoso”, afirma a revista.
Sobre o vídeo que provocou espanto no Brasil, Veja é contundente: é uma tenebrosa transação feita longe dos olhos do povo, da polícia e da Justiça com o objetivo de fraudar o funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado. “Desmoralizar as CPIs só interessa aos corruptos contumazes”, encerra a reportagem.


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